sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Homem


Perfeito foi o nosso ser,

Nascido de uma imagem,

Começou por querer,

Perdeu-se numa miragem.




Agora céu espelhado,

Que mostrais a nossa vida,

Continuamos sem olhar,

Caminhando à deriva.




Carreiro de formigas,

A trabalhar sem parar,

Numa natureza tão bela,

Não paramos para a contemplar.




Vestidos de orgulho,

Maquilhados pela vaidade,

Percorremos as veias do mundo,

Imperfeitos pela idade.




Rugas que não ensinam,

Mentiras contadas,

As trevas nos corações,

Das batalhas travadas.




Agua limpa que poluímos,

Não mais a podemos beber,

Sedosos em desertos fugimos,

Escorpiões até morrer.



Pedro Chumbo

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